quarta-feira, setembro 28, 2005

Até já chateio

Periodicamente, surgem vagas de ataque ao AVP e a mim ou ao AV2 (embora menos a ele, o felizardo), em particular. Primeiro, tivemos longas discussões com o leitor Tita Maurício.
Depois houve uma campanha em que se dizia estarmos a soldo de interesses comerciais.
A seguir vieram uns "meta-críticos" que me atacavam por ser crítico, mas que não adiantavam nada. Acho que alguns perceberam o erro da sua abordagem e, entretanto, corrigiram o tiro.
Quando das Legislativas, expressei o meu sentido de voto na CDU e ninguém se ofendeu, enquanto o AV2 optou pelo Bloco, se não estou em erro.
Fez-se aqui o aviso contra o mal que seria uma maioria absoluta do PS (é só ir aos arquivos de Janeiro e Fevereiro deste ano).
Fomos nós que denunciámos - com o Brocas - os subsídios ao Jornal da Moita durante os governos PS. Agora quase ninguém parece querer lembrar-se disso.
Com o pós-verão e a aproximação das Autárquicas, porém, parece que tudo isso foi esquecido ou que, com os novos leitores que ganhámos, vieram muitos com palas nos olhos e que decidiram ignorar todo o nosso passado.
Sou agora repetidamente acusado de ser um "lacaio" do PS e de o AVP ter nascido quando a actual Direcção socialista local ganhou o poder.
Sinceramente não sei, porque desconheço a vida interna de todo e qualquer uma das formações partidárias activas no concelho.
Nunca em toda a minha vida - e existem leitores e até comentadores deste blog que sabem quem sou e até uns quantos, poucos, que me conhecem há décadas - assisti a um comício partidário, estive numa reunião partidária ou participei em qualquer iniciativa do género.
Já nas minhas antiquíssimas discussões com o leitor TM expliquei que, apesar de convites daqui e dali, nunca me aproximei de qualquer partido ou deixei atrair por qualquer agremiação clientelar (maçonarias, obras de este ou outro deus).
Por isso, tenho hesitado entre considerar as actuais críticas uma mera estratégia para tentar descredibilizar o blog e/ou os seus autores ou o resultado de mera ignorância ou incapacidade de perceber textos escritos.
Desde o início nos afirmámos contra o que chamámos "poder moiteiro" e, em repetidas ocasiões, dissemos que para Alhos Vedros uma vitória da CDU ou do PS pouca diferença terá, porque os seus modelos de desenvolvimento urbano são semelhantes.
Criticámos aqui textos de toda a gente, desde o CDS ao próprio Bloco.
Se por vezes incidimos os holofotes mais aqui ou ali, foi porque alguém apareceu mais vezes. Não posso criticar um texto de alguém que não escreveu, como é óbvio.
Aqui, apenas por uma vez houve um deslize em que enveredámos pelo aspecto pretensamente particular de uma pessoa - que se sentiu ofendida - embora o aspecto em causa fosse na verdade público.
Várias vezes reiterámos que a nossa inspiração são exemplos maiores como os Monty Python, a revista MAD, o humor ácido de séries como o Sim, Sr. Ministro ou de programas como o Daily Show com o Jon Stewart, entre outros.
O que querem mais que façamos ?
Que façamos o resumo ou transcrição fiel dos comunicados partidários e dos artigos de opinião distribuídos ao monte por 2 e 3 sítios ?
Para isso não há quem já faça esse serviço ?
Será que a crítica tem que ser cinzenta ? Isso seria paradoxal !
Para além disso, de forma consciente, há quem misture o que é o conteúdo dos posts com o dos comentários, baralhando para confundir. Encomendam-se boatos, para depois apontar para o vizinho.
Velhos hábitos difíceis de se perder.
A velha tendência para arrancar o que parece verdejante.
Aqui no AVP tínhamos pensado comemorar os dois anos de blog com um encontro com os leitores que quisessem conhecer-nos, aí revelando a nossa identidade - e disso até demos conhecimento off the record a pessoas de que temos mail, penso que do BE ao PSD, fora os independentes.
Só que o clima que se instalou a partir de uma ou duas fontes inquinaram essa vontade.
E achámos que não vale a pena. E disso também demos conhecimnto por mail a várias pessoas, curiosamente com maior incidência em simpatizantes da CDU.
Não vale a pena dizer que nunca pertenci a nenhum partido, que não conheço pessoalmente nenhum dos candidatos do PS à vereação, àparte o Vítor Cabral nas suas funções na CGD. Mas isso também conheci o João Lobo, o Faim e o Rui Garcia desde a Secundária da Moita nos anos 70, ou o Raminhos e o Vardasca ainda antes da CACAV ou o Leonel Coelho desde sempre porque todos o conhecemos. Ou este ou aquele candidato desta ou daquela lista à JFAV.
Por isso, e espero que por uma última vez, desafio a que alguém - antes ou depois de revelar a minha identidade, quando isso se revelar adequado - explique quando e como eu pertenci a um partido, assisti a um comício ou participei vagamente em qualquer reunião partidária.
Sei que as provocações são apenas para saberem quem sou.
Mas, depois de o saberem, quem terá a ombridade de assumir as falsidades que escreveu de forma repetida ?

AV1

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